Tão triste que questionava o sentido da vida. Tristeza verdadeira, do fundo da alma, entranhada no ser. Tão triste que seria preciso morrer e tornar a vida para compreender o motivo de sua existência. Tão triste que a palavra tristeza parecia pequena para expressar tanta dor. Dor essa que dilacerava seus sonhos e suas certezas, e fazia esquecer o que de bom existira outrora.
Como é dolorida essa dor! Quisera alternar a pena por um castigo físico. Preferia sofrer privações de qualquer tipo a ter que conviver com um buraco em seus sentimentos. Mas ninguém lhe perguntara se queria sofrer, apenas lhe presentearam com o mais duro golpe. E ferida, seguia em busca de um remédio que fosse capaz de anestesiar, nem que fosse por alguns instantes, a enorme tristeza e a tão sofrida dor.
Mas só quem conhece de perto a tristeza e já sentiu o gelado da sua navalha dilacerando sua alma, poderá, um dia quem sabe, entender a verdadeira beleza da alegria.
ResponderExcluirBjo,
Claudia Pinelli.