O abraço que eu nunca esqueci

Doce na medida certa. Severa, com a tranquilidade de poder fraquejar e, até, voltar atrás. Obrigação, só com os agrados. Benditos os netos que têm o privilégio de saborear tudo que uma avó pode oferecer. Dizer que avó é mãe duas vezes é um erro.Avó não é mãe.É muito mais que isso. Avó é carinho natural, é presente divino, é sopro de alegria. Avó é o refresco que a vida oferece, aquele afago gostoso que cura qualquer dor. 


Muitos não têm a sorte de conviver com suas avós. Alguns, por força da vida, outros, por escolha. Não julgo, apenas lamento a triste decisão desses que abrem mão do aconchego mais doce que alguém pode conhecer. Eu convivi, saboreei, abracei, beijei, confidenciei. Usei e abusei de minha avó até os últimos instantes de sua vida. Nossa convivência foi longa e intensa, mas a saudade que sinto me leva a pensar que poderia ter estado ainda por mais tempo ao seu lado. A dor de sua ausência só não é maior do que o amor que sinto. Minha vovó, quanta saudade! Pensar que ela hoje se tornou um anjo que está constantemente ao meu lado é um alento. Embora eu mesma não acredite nisso, conforta-me pensar assim. E, afinal, é o que me resta. 


Se eu pudesse dar um conselho, entre tudo que eu pudesse dizer, eu diria: aproveitem suas avós!

2 comentários:

  1. Lindo , emocionante! Toca a quem tem sensibilidade de enxergar que uma relação assim pode ser vivida porquem se dispõe a se amar e se deixar amar

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