Mais do que graduar

Determinação e vontade de crescer, delineiam o caráter do estudante de jornalismo Eduardo Dias. Aos 25 anos, em fase final para concluir o curso e finalmente poder responder pela profissão que tanto admira, Eduardo divide a ansiedade de terminar essa etapa e já emendar uma nova. A cobrança para a entrega de um produto que conclua a graduação abriu espaço para a criação de uma revista. " Eu quero atuar no jornalismo de maneira marcante e irreverente. Há muito notei a ausência de uma revista forte voltada para o gay e por isso achei mais interessante dedicar minha conclusão a esse projeto", explica.
O estudante não esconde a euforia e a expectativa em cima do projeto e sabe que vai ter também muita responsabilidade pois, como ele mesmo definiu, o gay é exigente e refinado e busca produtos de qualidade . " Vai ser muito interessante fazer essa revista. Eu sei do trabalho que vai me dar, mas sempre opto por me entregar a projetos que me despertem paixão", disse. Para Eduardo já é certo que a revista vai aprová-lo na graduação jornalística e render frutos. "Eu já posso visualizar a festa de lançamento. A revista vai ser um sucesso!"
Diferencial
Eduardo mostra que conhece bem a deficiência da área que pretende abraçar. De acordo com ele, as revistas disponíveis no mercado focam um homossexual que não existe, além de excluir as lésbicas. "São revistas voltadas para o homem gay e não pode haver discriminação dentro de um segmento que já é discriminado por boa parte da sociedade. Quero valorizar também as lésbicas e mostrar que o espaço para ambos é igual. As revistas européias são de uma elegância que impressiona. Nelas os homossexuais são tratados com igualdade", disse convicto.
Fugir do estereótipo gay é a principal meta do estudante. Ele afirma que quer mostrar pessoas normais que não toleram mais serem tratadas com indiferença por causa de uma opção sexual. " A mídia sempre deturpou a imagem do homossexual. É simples mostrar a bichinha burra ou a sapatão grosseira. Quero uma revista com a cara do gay real que alimente o debate político, cultura, sexual e contemporâneo, sem perder o bom humor característico dos gays. Quero uma revista feita com assuntos e personagens verdadeiros, para que gays de verdade se identifiquem e o público hetero aprenda a respeitar", determina.
"As revistas européias são de uma elegância que impressiona.
Nelas os homossexuais são tratados com igualdade."

Um comentário:

  1. Muito obrigado pela publicaçao e espero poder contar com toda sua garra e profissionalismo para ingressar nesse novo projeto!!! Adorei sua materia sobre meu projeto experimental!!

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