Executiva barra coligação

Votação mantém o veto à aliança de Pimentel e Aécio

O veto à coligação PT e PSDB para as eleições à prefeitura de Belo Horizonte foi mantido. A aliança que havia sido aprovada pelas Executivas Municipal e Estadual do PT em Minas Gerais foi derrubada pela Executiva Nacional do PT por 13 votos contra dois.A decisão final caberá ao Diretório Nacional do PT que vai se reunir no próximo dia 30 em Brasília
Para a Executiva Nacional a aliança partidária pode favorecer o governador Aécio Neves em uma possível candidatura às eleições presidenciais de 2010. Os dois votos favoráveis à aliança são do secretário de assuntos institucionais do PT, Romênio Pereira, e de um dos três vices-presidentes da legenda Jorge Coelho.

Depois do veto à coligação para a sucessão municipal de Belo Horizonte, a Executiva do PT aprovou aliança com o PPS para as eleições de Palmas, capital de Tocantins, além de alianças com partidos opositores em outras 11 cidades. A coligação com o PSDB também foi rejeitada em quatro outras cidades com mais de 200 mil habitantes.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC) disse que a diferença entre as alianças aprovadas e o acordo para as eleições em Belo Horizonte é o governador Aécio Neves. “Eles [os mineiros] dizem que [o caso] poderia ser idêntico ao dos outros [aprovados], mas o problema é que nos outros não tinha a visibilidade de Belo Horizonte e o dedinho, o desejo e a ansiedade do Aécio para que desse certo”, ironiza Ideli.

Para o cientista político Marcelo Freitas a decisão demonstra burrice já que os pensamentos da base do partido foram ignoradas. Além disso, o cientista acredita que a estratégia petista pode impedir a aproximação do governador de Minas com o presidente Lula. De acordo com Freitas Aécio Neves poderia ajudar a dissolver a rivalidade entre o PSDB paulista que representa a maior oposição ao governo federal.

Imagem- Beto Magalhães/ Estado de Minas