De quatro em quatro anos explode o patriotismo no Brasil. Bandeias flamejam nas janelas, o hino nacional é aclamado e as cores verde e amarela tomam conta da paisagem urbana. Ironicamente, apenas alguns meses depois do patriotismo fugaz ter fim são realizadas as eleições para cinco cargos do poder público: presidente da República, governadores de Estado, senadores, deputados federais e estaduais. Seria interessante ver a mesma euforia, interesse e busca por informação sobre as eleições como se vê pelo campeonato mundial de futebol.
Triste é que o brasileiro sabe palpitar sobre a seleção que o representa no gramado, mas não faz ideia da importância de sua participação para formular a seleção que representa seu direito de ser brasileiro. Quisera que nosso povo se dedicasse tanto à política como se oferta ao futebol. Como seria bom se o povo brasileiro compreendesse que se fizessem boas escolhas políticas teria motivos para cantar o hino nacional diariamente.
Tomara que os ávidos telespectadores da Copa aproveitem suas televisões em alta definição, compradas em suadas prestações, para observarem bem o rosto dos que querem se eleger e saibam que todos têm a devida responsabilidade pelo quadro político. Tomara que um dia essa consciência chegue, para que ser não brasileiro não se restrinja a torcer por uma seleção que ao final do campeonato comemora, perdendo ou ganhando, o saldo de sua conta bancária.
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