Eu persigo uma realidade que me escapa a todo instante. Chego bem próximo e quando quase posso sentir entre meus dedos, já não está mais lá. Busco um momento, um instante, um fragmento que possa me aproximar da minha busca. No entanto, não compreendo se o que me rodeia muda ou se quem sofre mutações sou eu. O mais próximo que consigo chegar é a um esboço da realidade, mas a afirmação da realidade numa me foi permitida.
Eu busco não para encontrar uma saída, mas para localizar a minha entrada. Busco em uma busca incessante, dolorosa, visceral. Busco de todas as maneiras que consigo imaginar, mas a realidade é escorregadia. Ela me sabota, me ludibria, me enlouquece. E por fim, quando minhas forças se esgotam, repouso no lugar comum, onde nenhum esforço é exigido e onde todos convergem em algumas poucas idéias.
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